domingo, 1 de julho de 2012

ENTREVISTA COM POETA SÉRGIO VAZ



Acompanhe agora uma entrevista exclusiva com o POETA SÉRGIO VAZ! Uma entrevista bem descontraída, você vai gostar.


R.A.P: Sérgio, primeiramente boa noite, muito obrigado pela atenção! Bom vamos lá, começa contando ae sua história de como você pegou gosto por poesias, escrever e tal, isso vem de infância?

SÉRGIO VAZ: Aprendi a gostar de ler com o meu pai, ainda na infância. Homem simples, mas que nunca deixou faltar comida e livros, na nossa casa.

R.A.P: Teve algum livro em especial que pow, marcou sua infância?

SÉRGIO VAZ: Comecei lendo os infantis, tipo Ali Babá e os 40 ladrões, João e Maria, e por aí vai.

R.A.P: Você começou a escrever durante a infância também?

SÉRGIO VAZ: Não. Queria ser jogador de futebol como todo garoto da minha época. Aliás, ainda quero, se você souber de algum time...

R.A.P: HAHAHAH! Pode deixar, quando abrir peneira no time aqui do bairro te aviso! hehehehe

SÉRGIO VAZ: Médio-volante

R.A.P: Bom já que você tocou no assunto futebol, torce pra algum time?

SÉRGIO VAZ: Olê porcô! Olê porcô! Sou preto, pobre, poeta e palmeirense. Sei tudo sobre sofrimento 

R.A.P: OPA! TAMO JUNTO! Hahahahah! Campeão da copa do Brasil esse ano ou não? Tá confiante?

SÉRGIO VAZ: Confiante, confiante... Mas vamos lá, né?

R.A.P: Quando então que você começou a escrever? Lembra qual foi a primeira poesia?

SÉRGIO VAZ: Comecei a escrever com uns 16 anos, umas coisas meios sem graças. Na periferia dos anos 70/80 não pegava bem ser poeta. rsrs Não lembro qual foi minha primeira poesia, mas deve ter sido bem ruim

R.A.P: Tinha um certo preconceito quanto a isso? Um jovem na época querer ser poeta?

SÉRGIO VAZ: Não sei bem se era preconceito, mas a literatura, a poesia não era uma coisa que fazia parte do nosso cotidiano periférico. Então era um moleque meio esquisito (na opinião de algumas pessoas) por gostar de ler. Acho que era mais estranhamento que preconceito.

R.A.P: O tempo passou, o garoto Sérgio cresceu, e se tornou um ícone na literatura marginal, como você se sente, olhando pra traz e vendo onde você está hoje?

SERGIO VAZ: Sinto muito orgulho da minha caminhada, pois isso que vivo hoje, a literatura, sempre foi o meu sonho. Eu preferiria a morte do que não ter realizado meu sonho de viver de literatura. Porque as pessoas às vezes confundem desejo com sonho. Quem deseja tem prazo de validade, sonhar é pra vida toda. Tenho uma frase que diz: "Não confunda briga com luta. briga tem hora pra acabar e vida é para uma vida inteira."


R.A.P: Boa! Você realmente é um bom exemplo a ser seguido né?! Pela sua determinação e foco, porque na época em que você buscava tudo isso, não tinha as facilidades que se tem hoje né?! Internet e pá. Tinha que ser na garra mesmo

SÉRGIO VAZ: Primeiro não sei se sou um bom exemplo a ser seguido, acho que cada um deve seguir seus instintos, até porque eu larguei a escola no colegial, então sou mal exemplo. E porque a luta é constante, vivo de batalhas. Uns dias eu venço, eu perco... Não é fácil viver de literatura neste país. Agora, sou um cara determinado sim. Sou focado e tenho disciplina. Minhas poucas qualidades. Hoje é um pouco mais fácil, mas viver de arte sempre é difícil. Acho que é melhor a pessoas ser normal. rsrs


R.A.P: rsrsrsrs. Bom, estou aqui agora com a pergunta do William Spadoni Sccp, e ele diz o seguinte:
"Opa Sergio . Eu queria saber oque vc tem a dizer a respeito do Eduardo F.C. depois de ter trabalhado junto com ele .. ??
Se vc ja conhecia ele antes .. E esplicar um pouco melhor oque se passa dentro daquela mente ?? RsRs Faloow Valew"


SÉRGIO VAZ: Sou apenas um admirador do trabalho dele. Ele é um cara batalhador, um poeta das ruas que luta pelos seus semelhantes. São qualidades que admiro em uma pessoa. Bom, agora o que vai na mente dele... Como posso saber? Não sei nem da minha mente. rsrs


R.A.P: rsrsrsrs. Já que ele tocou no assunto Eduardo FC, você já viu a capa do livro dele?

SÉRGIO VAZ: sim vi. Impactante. Bem a cara do trabalho dele: forte.

R.A.P: Pretende comprar o livro?

SÉRGIO VAZ: Sim, na melhor hora.

R.A.P: Gosta das musicas do facção também?

SÉRGIO VAZ: Sim, adoro o rap deles. Adoro RAP.

R.A.P: Vish! Então imagino a tua reação quando o Inquérito gravou algumas poesias tuas né!? Que cá entre nós, um dos melhores grupos quando o assunto é letra, não acha?

SÉRGIO VAZ: Ah, eles são bons de letras, mas tem bastante grupo da Hora. Pessoal do RAP é muito bom de letra.

R.A.P: O que tu acha da nova geração do rap? Projota, Emicida, Rashid... Curte o som deles?


SÉRGIO VAZ: Não creio que haja uma nova geração, acredito na continuidade. Eles são bons, e curto pra caramba, porque são a continuidade de tudo que foi construído lá atrás, e virão outros, e mais outros... Essa foi a semente que foi plantado, eles são os frutos. Mas a árvore não morreu.

R.A.P: Com certeza! Você tem se mostrado um grande admirador do rap. Tem alguma musica favorita?

SÉRGIO VAZ: Vixe! Uma pá. Música pra mim é momento. Tem hora de Racionais, Versão Popular, Tupac, detentos, RZO, Criolo, e por aí vai

R.A.P: Só fera ein!? rsrsrs



SÉRGIO VAZ: Tem mais, GOG, Fábio Boca, Sabotage, A Família, Facção, Emicida, etc.

R.A.P: Vamos mudar um pouquinho de assunto pra fechar a entrevista, o que tu tem achado do governo Dilma?

SÉRGIO VAZ: Ainda está cedo pra cobrar alguma coisa, o lula que foi um bom presidente na minha opinião, puxou o bonde, agora é a vez dela, vamos dar um tempinho, se não for de acordo, a gente vai cobrar. O povo em primeiro lugar, pois não adianta estar bom pra alguns e ruim pra maioria.

R.A.P: Pow Sérgio, gostaria de te agradecer do fundo do coração ae pela atenção! Fazendo essa entrevista aqui contigo pude aprender bastante coisa, e creio que o leitor também! Obrigado mesmo mano! Gostaria de deixar um recado para os membros da nossa página que nos acompanham?

SÉRGIO VAZ: Sejam fiéis aos seus ideais, não importa qual seja. Não mintam para os outros, principalmente para si mesmo. A gente tem que ser, não parecer que é. É isso. Obrigado pela oportunidade.

























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